Em 1898, britânicos começaram a construção de uma ponte ferroviária sobre o rio Tsavo no Quênia. Durante nove meses, trabalhadores ferroviários infelizmente tornaram-se alvo de dois leões comedores de homens. Os leões eram enormes, medindo mais de três metros de comprimento. No início, os dois leões caçavam e arrastavam os homens das suas barracas, arrastando-os para o mato e devorando-os durante a noite. Mas logo eles se tornaram mais audaciosos, e matavam e se alimentavam de sua carne a poucos metros das barracas. Seu tamanho, ferocidade e astúcia eram tão extraordinárias que muitos nativos pensavam que não eram leões, mas sim demônios, ou talvez a reencarnação dos antigos reis locais tentando repelir os invasores britânicos (a crença de reis mortos que renascem como leões era muito comum na África Oriental). Os dois monstros foram apelidados de "A Sombra e a Escuridão", e os trabalhadores estavam com tanto medo que eles fugiram as centenas de Tsavo. A construção ferroviária foi interrompida, ninguém queria ser a próxima vítima dos "leões do diabo".
Foi aí que o engenheiro-chefe responsável pelo projeto ferroviário, John Henry Patterson, decidiu que a única solução era matar os leões. Ele estava muito perto de ser morto pelos leões, mas, finalmente, conseguiu atirar e matar o primeiro leão em dezembro de 1899, e duas semanas depois, ele conseguiu matar o segundo. Aquela altura, os leões haviam matado mais de 140 pessoas. Patterson também encontrou o esconderijo dos leões. Uma caverna perto da margem do rio Tsavo, que continha os restos mortais de muitas vítimas humanas, bem como peças de roupas e ornamentos. Esta caverna ainda existe até hoje e, apesar de muitos ossos terem sido desenterrados, é dito que muitos ainda permanecem no interior. Alguns especialistas afirmaram recentemente que os leões só comeram cerca de 35 das suas vítimas humanas. Mas isso não significa que eles não mataram muitos outros.
Hoje, os leões de Tsavo (ou melhor, suas peles recheadas) podem ser vistos no Museu Field de Chicago, embora as autoridades quenianas já tenham expressado interesse na construção de um museu totalmente dedicado a eles. Isso virou até um filme baseado em fatos reais, com Val Kilmer e Michael Douglas.
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