Rio - Os vereadores do Rio decidiram ontem cancelar a compra dos Jettas adquiridos em abril — cada um no valor de R$ 70 mil — e reaver os mais de R 3 milhões já pagos à montadora Volkswagen. A aquisição dos veículos foi suspensa após uma reunião de cerca de uma hora e meia na sala do presidente da Câmara, vereador Jorge Felippe (PMDB), à qual compareceram 41 dos 49 parlamentares. Caberá à Diretoria de Administração da Casa tomar as providências necessárias para recuperar a verba. À noite, a Volks informou que não se pronunciaria sobre o assunto até ser oficialmente notificada pela Câmara.
Na sexta-feira, Jorge Felippe já havia comunicado a intenção de sustar a compra dos carros, mas funcionários da Câmara contaram ontem que, na noite de segunda-feira, o presidente reuniu-se em sua casa com alguns vereadores, incluindo os integrantes da Mesa Diretora, para decidir o que fazer.
Como os vereadores Patrícia Amorim (PSDB) e Carlo Caiado (DEM), dois dos integrantes da mesa, mudaram de ideia e recusaram os Jettas que antes haviam aceitado de muito bom grado, apenas Felippe e Dr. Jairinho se mantiveram favoráveis à compra — Brizola Neto (PDT) já havia se posicionado contrariamente. Ontem, apesar de 21 dos 41 presentes à reunião terem mantido o apoio à compra, Felippe decidiu cancelar o negócio por ter perdido a maioria na Mesa Diretora.
Para a vereadora Andrea Gouvêa Vieira, que desde o início das discussões, em março, recusou o carro, faltou explicar como a Câmara pagou por 51 Jettas — um para cada vereador, incluindo Fausto Alves e Luiz André Deco, que estão presos — se alguns parlamentares já haviam comunicado que não aceitariam o veículo.
“Na primeira reunião, em que a Mesa Diretora decidiu comprar os carros, ficou definido que quem não quisesse o veículo deveria encaminhar ofício à Mesa, o que foi feito. Por que, mesmo assim, foram comprados carros para todos?”, questiona Andrea.
Já José Everaldo (PMN) defendeu a compra. “Se congressistas, deputados estaduais, autoridades do Executivo e do Judiciário e até mesmo administradores regionais têm carros pagos com o dinheiro do contribuinte, por que só os vereadores não podem? Faço parte de três comissões e percorro a cidade para dar conta de meus afazeres. O carro não é do vereador, é da Câmara”, afirmou. Ele se mostrou favorável até ao modelo escolhido sem licitação e equipado com opcionais como sensor de estacionamento e CD player com conexão via bluetooth. “Numa cidade quente como o Rio, ar-condicionado é necessário. E não vejo bancos de couro como luxo”, disse.
Na reunião, a vereadora Teresa Bergher (PSDB) apresentou requerimento de informações à Mesa Diretora sobre a atual frota de veículos da Casa e descobriu que os parlamentares cariocas dispõem de 26 veículos, sendo 10 Kombis, que servem à presidência, à primeira-secretaria e às comissões.
No futuro, a polêmica dos Jettas só poderá ser lembrada pelos arquivos dos meios de comunicação, já que não foi feito registro da reunião. Por decisão do presidente Jorge Felippe não foi divulgada a lista dos 41 vereadores presentes à reunião nem o voto de cada um.
“Eu sugeri que essa discussão fosse feita no plenário e levada a voto. Dá a impressão de que os vereadores fazem coisas às escondidas, em sessões secretas”, disparou Andrea Gouvêa Vieira.
O modelo Jetta não agradou apenas os vereadores cariocas. A divertida propaganda do carro que circula na TV ajudou a espalhar entre adultos, adolescentes e principalmente crianças o gosto pelo cãozinho Billy, o bulldog francês.
O Jetta é bonito, confortável, mas o que chama a atenção mesmo é o 'Au- Au' do cachorrinho falante. Nas gravações da propaganda — planejada brilhantemente pela agência Aragão Publicidade, de Natal — Billy foi paparicado. Tinha um camarim com sombra e ar fresco e teve um contrato próprio, assinado pelos seus donos. Direto do Canil Zodíaco Star de São Paulo, Billy ganhou o Brasil.
(Fonte: O Dia)
Na sexta-feira, Jorge Felippe já havia comunicado a intenção de sustar a compra dos carros, mas funcionários da Câmara contaram ontem que, na noite de segunda-feira, o presidente reuniu-se em sua casa com alguns vereadores, incluindo os integrantes da Mesa Diretora, para decidir o que fazer.
Como os vereadores Patrícia Amorim (PSDB) e Carlo Caiado (DEM), dois dos integrantes da mesa, mudaram de ideia e recusaram os Jettas que antes haviam aceitado de muito bom grado, apenas Felippe e Dr. Jairinho se mantiveram favoráveis à compra — Brizola Neto (PDT) já havia se posicionado contrariamente. Ontem, apesar de 21 dos 41 presentes à reunião terem mantido o apoio à compra, Felippe decidiu cancelar o negócio por ter perdido a maioria na Mesa Diretora.
Para a vereadora Andrea Gouvêa Vieira, que desde o início das discussões, em março, recusou o carro, faltou explicar como a Câmara pagou por 51 Jettas — um para cada vereador, incluindo Fausto Alves e Luiz André Deco, que estão presos — se alguns parlamentares já haviam comunicado que não aceitariam o veículo.
“Na primeira reunião, em que a Mesa Diretora decidiu comprar os carros, ficou definido que quem não quisesse o veículo deveria encaminhar ofício à Mesa, o que foi feito. Por que, mesmo assim, foram comprados carros para todos?”, questiona Andrea.
Já José Everaldo (PMN) defendeu a compra. “Se congressistas, deputados estaduais, autoridades do Executivo e do Judiciário e até mesmo administradores regionais têm carros pagos com o dinheiro do contribuinte, por que só os vereadores não podem? Faço parte de três comissões e percorro a cidade para dar conta de meus afazeres. O carro não é do vereador, é da Câmara”, afirmou. Ele se mostrou favorável até ao modelo escolhido sem licitação e equipado com opcionais como sensor de estacionamento e CD player com conexão via bluetooth. “Numa cidade quente como o Rio, ar-condicionado é necessário. E não vejo bancos de couro como luxo”, disse.
Na reunião, a vereadora Teresa Bergher (PSDB) apresentou requerimento de informações à Mesa Diretora sobre a atual frota de veículos da Casa e descobriu que os parlamentares cariocas dispõem de 26 veículos, sendo 10 Kombis, que servem à presidência, à primeira-secretaria e às comissões.
No futuro, a polêmica dos Jettas só poderá ser lembrada pelos arquivos dos meios de comunicação, já que não foi feito registro da reunião. Por decisão do presidente Jorge Felippe não foi divulgada a lista dos 41 vereadores presentes à reunião nem o voto de cada um.
“Eu sugeri que essa discussão fosse feita no plenário e levada a voto. Dá a impressão de que os vereadores fazem coisas às escondidas, em sessões secretas”, disparou Andrea Gouvêa Vieira.
O modelo Jetta não agradou apenas os vereadores cariocas. A divertida propaganda do carro que circula na TV ajudou a espalhar entre adultos, adolescentes e principalmente crianças o gosto pelo cãozinho Billy, o bulldog francês.
O Jetta é bonito, confortável, mas o que chama a atenção mesmo é o 'Au- Au' do cachorrinho falante. Nas gravações da propaganda — planejada brilhantemente pela agência Aragão Publicidade, de Natal — Billy foi paparicado. Tinha um camarim com sombra e ar fresco e teve um contrato próprio, assinado pelos seus donos. Direto do Canil Zodíaco Star de São Paulo, Billy ganhou o Brasil.
(Fonte: O Dia)
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