Algo ainda mais incrível proporcionado por essa máquina espetacular é o aprendizado, a capacidade que temos de aprender com experiências passadas e tomar decisões com base nesse conhecimento adquirido.
E não é apenas o cérebro humano que conquista lugar nas pesquisas científicas. Agora, um engenheiro da Universidade de Michigan pretende construir um supercomputador baseando-se no modelo de funcionado do cérebro de gatos.
Wei Lu, que concluiu seu doutorado pelo Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da Universidade de Princeton, desenvolveu um dispositivo eletrônico que “imita” o comportamento dos cérebros de gatos, possibilitando que, algum dia, os computadores possam aprender e reconhecer informações de maneira semelhante à dos humanos. “Nós estamos construindo um computador da mesma maneira que a natureza constrói um cérebro”, afirma Lu.
O que Lu e outros pesquisadores da Universidade de Michigan estão fazendo é usar um memristor para ligar dois circuitos eletrônicos, assim como uma sinapse liga dois neurônios. O fortalecimento da conexão entre neurônios, estimulados um em relação ao outro, é o que os cientistas acreditam ser a base do aprendizado e da memória nos cérebros de mamíferos. Ao imitar isso em um modelo computacional, o sistema torna-se capaz de memorizar e de aprender processos.
Os pesquisadores descobriram ser possível alterar a duração e a sequência da voltagem aplicada ao sistema para aumentar ou diminuir gradualmente o nível de sua condutividade elétrica. De acordo com Lu, mudanças similares acontecem na condutividade das sinapses, em nossos cérebros, e é isso que possibilita a memória de longo termo.
Com o modelo de supercomputador proposto pelos pesquisadores, seria possível que esse “cérebro eletrônico” calculasse rapidamente o caminho mais curto entre um ponto e outro e pudesse recalcular quase que instantaneamente caso algo modificasse o cenário.
Lu acredita que um projeto desses seria especialmente interessante para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que poderiam adotar o sistema para armas, robôs e veículos não tripulados.
Dessa forma, quando algo atrapalhasse o caminho de um desses robôs ou veículos, por exemplo, eles não precisariam enviar novas imagens para o centro de operações e esperar por novos comandos emitidos pelos militares. Os robôs seriam capazes de tomar suas próprias decisões.
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