Ao longo dos tempos existiram sempre autores que de uma maneira ou outra tentaram libertar a sua arte dos limites anteriormente estabelecidos. Com efeito, um dos bons exemplos desta tentativa é o conto da autoria do grande escritor argentino Jorge Luís Borges, “ O jardim dos caminhos que se bifurcam”.
Assim, neste conto classificado pelo autor como policial, é narrado o percurso do personagem principal, cujo nome é Yu Tsun, da cama até o jardim em que comete um assassinato como estratégia de sua missão de espionagem. A sua futura vítima chama-se Stephen Albert, e é sujeito que fora encarregado de decifrar um enigma do livro escrito por Ts’ui Pen, um antepassado do próprio protagonista, que tinha abandonado sua próspera vida (era governador de sua província, doutor em astronomia, em astrologia, enxadrista, calígrafo e famoso poeta) para compor um labirinto e um livro. No entanto, o enigma revelado por Albert é justamente que o livro e o labirinto são o mesmo objecto. A chave para a descoberta estava num fragmento de uma carta deixada por Ts’ui Pen, no qual estava escrito: “Deixo aos vários futuros (não a todos) meu jardim de caminhos que se bifurc".
Deste modo, a temática principal do conto em questão é a do tempo, sendo ao leitor apresentada uma história repleta de alusões e associações dentro dela mesma, com se fosse um labirinto num exercício de narrativa que assume formas diferentes de tempo e de espaço.
Neste contexto, este conto pode ser chamado metaforicamente de "hipertextual" porque refere-se a alguns outros textos através de conexões e associações que podem ou não ficar a cargo do leitor. É uma obra que, de certa forma, subverte a noção de texto tradicional, apontando para a actividade do leitor em seguir caminhos variados em histórias multiformes.
Em suma, podemos concluir que este texto pode ser associado à uma literatura "pré-hipertexto", porque nela o autor tentou romper com o espaço limitado da página impressa, fazendo exercícios narrativos em termos de associações do pensamento e também do próprio objecto textual.
Assim, neste conto classificado pelo autor como policial, é narrado o percurso do personagem principal, cujo nome é Yu Tsun, da cama até o jardim em que comete um assassinato como estratégia de sua missão de espionagem. A sua futura vítima chama-se Stephen Albert, e é sujeito que fora encarregado de decifrar um enigma do livro escrito por Ts’ui Pen, um antepassado do próprio protagonista, que tinha abandonado sua próspera vida (era governador de sua província, doutor em astronomia, em astrologia, enxadrista, calígrafo e famoso poeta) para compor um labirinto e um livro. No entanto, o enigma revelado por Albert é justamente que o livro e o labirinto são o mesmo objecto. A chave para a descoberta estava num fragmento de uma carta deixada por Ts’ui Pen, no qual estava escrito: “Deixo aos vários futuros (não a todos) meu jardim de caminhos que se bifurc".
Deste modo, a temática principal do conto em questão é a do tempo, sendo ao leitor apresentada uma história repleta de alusões e associações dentro dela mesma, com se fosse um labirinto num exercício de narrativa que assume formas diferentes de tempo e de espaço.
Neste contexto, este conto pode ser chamado metaforicamente de "hipertextual" porque refere-se a alguns outros textos através de conexões e associações que podem ou não ficar a cargo do leitor. É uma obra que, de certa forma, subverte a noção de texto tradicional, apontando para a actividade do leitor em seguir caminhos variados em histórias multiformes.
Em suma, podemos concluir que este texto pode ser associado à uma literatura "pré-hipertexto", porque nela o autor tentou romper com o espaço limitado da página impressa, fazendo exercícios narrativos em termos de associações do pensamento e também do próprio objecto textual.
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